Acadêmica: Lucilene de Jesus Saraiva Santos
O presente trabalho relata as experiências
vivenciadas durante o Estágio Curricular Supervisionado: Observação, Monitoria,
Planejamento e Docência na Educação Especial, na AUPNE (Associação Urandiense
de Portadores de Necessidades Especiais) situada a rua Deli José Fagundes, Centro Urandi-BA.
Este estágio, teve como objetivo de
oportunizar à acadêmica vivenciar a realidade das escolas e conhecer as
práticas educativas na Educação Especial. As expectativas iniciais giravam em
torno da aquisição de novos conhecimentos relacionados à prática docente,
visando estabelecer um vínculo sobre as teorias debatidas nas aulas na
Universidade e a real prática educativa.
Observação e Monitoria"Deste modo, Freire (1997) ressalta que ensinar é uma especificidade humana que exige a ética, estética e crer que uma das qualidades essenciais que a autoridade docente democrática deve revelar em suas relações com as liberdades dos alunos é a segurança e competência profissional." (PAULO FREIRE, 1997).
A estrutura física da Escola conta com 03 salas de
aulas, refeitório, banheiros, área administrativa e área de lazer, a escola
atende nos turnos matutino e vespertino, o nome da escola objetiva se uma
mudança no termo portador mas ainda está em tramites legais. A escola funciona
com 08 funcionários durante dois turnos e para este funcionamento a mesma
dispõe de 1 diretora, 1 vice diretora acadêmica do curso de Pedagogia, 2
secretarias administrativa, 1 auxiliar de serviços gerais que também atendem na
lanchonete, 3 professoras, (sendo elas com atuação em Libras, Braille e a
Professora Regente). Seus educadores todos possuem o curso técnico de
magistério, alguns estão cursando pedagogia. Mas, ambos habilitados para
exercerem suas funções. O Estagio é dividido em Visita a escola, planejamento e
regência, com carga horária de 60 horas.
A AUPNE oferece
atendimento escolar a alunos das series iniciais do ensino fundamental, com
deficiência auditiva, surdos, mental e múltipla, trabalhando a escolarização,
oficina pedagógica, sala de recursos, orientações básicas, oficinas de
pinturas, leitura, pintura em tecido, confecção de tapetes, projetos de mídias
integradas, lanche feliz, jogos de xadrez, além de recreações, e atividades flexibilizadas
direcionadas a datas comemorativas e outras festividades.
O
estágio de observação e monitoria teve início no dia 21 de agosto de 2014, em
horário oposto da visita à escola, este estágio teve como objetivo proporcionar
à acadêmica condição de vivenciar a dinâmica da escola no seu processo
pedagógico, político, social, visando instrumentá-la para o exercício da
Docência e Supervisão Pedagógica/ Orientação Educacional.
Assim foi realizada a
observação e monitoria em sala de aula. No primeiro momento ao entrar em sala
de aula, me apresentei à professora e aos alunos, falei do meu objetivo em
estar ali e me disponibilizei a ajudar no que fosse necessário, pois estaria
fazendo tudo o que estivesse em meu alcance. A professora muito calma e
expressiva solicitava a minha ajuda sempre que necessário.
Neste era realizada e elaborado as atividades para o momento que iria ocorrer o
planejamento para a semana Especial com tema: Perspectivas e desafios: um novo olhar sobre a pessoa com deficiência.
Planejamento
Nos dias 29 e 30, foi realizado o planejamento das aulas com a Professora da AUPNE, onde foi desenvolvido um projeto pedagógico com o tema sete de setembro, onde foram desenvolvidas as atividades em sala de aulas.
Nos dias 29 e 30, foi realizado o planejamento das aulas com a Professora da AUPNE, onde foi desenvolvido um projeto pedagógico com o tema sete de setembro, onde foram desenvolvidas as atividades em sala de aulas.
Regência
Nos dias 01 a 08 de
setembro foi realizada a regência. A estagiária Lucilene realizou sua regência
na sala mista da Educação de Series Inicias do Ensino Fundamental, onde havia um
aluno com TDH, a maioria com déficit de aprendizagem. A sala é pouco iluminada
e com pouco espaço, as carteiras ficavam em forma de círculo poucos alunos são
frequentes. Nas paredes estavam expostas algumas atividades desenvolvidas pelos
os alunos.
No decorrer do Estágio
as atividades eram ocorridas de acordo com a cooperação dos alunos e com foco
em recorte e colagem.
No
primeiro dia de na sala de aula, Foi realizada
a oração pela estagiaria onde a professora da Instituição que domina a Língua
Brasileira de sinais (LIBRAS) pode traduzir onde foi possível que os alunos com
Deficiência Auditiva participam interativamente das apresentações e realizações
das ações e atividades dirigidas a eles sempre com uma grande disposição e
alegria.
Logo em seguida, foi
possível notar que os objetos da sala são identificados com placas impressas em
papel sulfite com o nome deste na língua portuguesa e Libras sendo: janela,
quadro, mesa, porta para que os alunos possam ter mais familiaridade com o
ambiente escolar. Havia um outro painel com os números naturais de 0 a 9 com os
algarismos representados figurativamente em LIBRAS e em algarismos comuns: Numeral, mais sinal, mais ilustração. Foi trabalhado atividades de corte e colagem montando um
painel a respeito do conceito da comemoração de sete de setembro.
No dia seguinte em
participação com a professora foi proposta uma aula na disciplina de língua
portuguesa trabalhando a escrita do nome e dos objetos que haviam na sala de
aula como janela, quadro, mesa e armário. Foi utilizado o método do alfabeto para
formação das palavras, porém apenas dois alunos conseguiram escrever os nomes
corretamente e um teve imensa dificuldade.
Durante o estágio houve o desenvolvimento
das seguintes atividade, corte e colagem, pintura, e dessa forma, cabe
relembrar o papel do professor na Educação Especial, não basta ser apenas um
professor, e sim um ótimo professor que acredita na educação, que está disposto
a lutar a cada dia de aula superando as dificuldades da linguagem, a
acessibilidade, a falta de apoio, de recursos pedagógicos e principalmente a
ter confiança e contribuir para a formação de cidadãos críticos e reflexivos
que se iniciam seu desenvolvimento através da escola e do ensino para que assim
esses objetivos possam ser alcançados na sociedade e não só no meio
educacional, mas que a inclusão seja uma realidade na sociedade de modo
geral.
Considerações Finais
Somente a partir da
observação, participação e regência podem-se perceber as ações e produções de
alunos com deficiências múltiplas, pois estes mostram muita dificuldade na
aquisição do domínio da leitura e escrita e ainda dificuldade em compreender a
linguagem de sinais, já que no ambiente familiar se comunicam apenas por meio
de expressão gestual.
Por todos os obstáculos
vencidos e com base nas avaliações que recebi, avalio o meu estágio com uma
nota 10, sei que não saiu impecável, mas pela dedicação e interesse para que
tudo viesse acontecer bem, avalio com esta nota.
Enfim, concluo aqui
deixando agradecimentos a todos que acreditaram no meu potencial, a todos que
me incentivaram e auxiliaram no meu estágio, o meu eterno agradecimento,
incluindo aqui também a professora Ms.Dayse Magna, Supervisora do estágio, tenho
a certeza de que sou uma pessoa vitoriosa por conseguir alcançar os objetivos
propostos para este estágio.
RELATÓRIO
DE ETÁGIO NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA).
O estágio supervisionado é uma experiência
enriquecedora para a formação de futuros educadores, por possibilitar o contato
direto com um dos possíveis espaços de atuação do (a) pedagogo (a). Nossa
experiência teve início com a visita à escola, esse primeiro contato foi
necessário, também, para conhecermos o espaço em que desenvolveríamos a
prática, no caso EJA – Educação de Jovens e Adultos, bem como para conhecermos
e nos apresentarmos a conjuntura escolar, munidos de documentos necessários
para a efetivação deste.
Corroborando com as
reflexões trazidas durantes esta experiência, Pimenta e Lima (2009, p.112) nos
dizem que:
A identidade se
constrói com base no confronto entre as teorias e as práticas, na análise
sistemática das práticas à luz das teorias, na elaboração de teorias, o que
permite caracterizar o estágio como um espaço de mediação reflexiva entre a
universidade, a escola e a sociedade.(PIMENTA E LIBÂNEO, 2009, p. 112).
Durante o estágio
pudemos vivenciar um pouco da realidade das salas de aula da Educação de Jovens
e Adultos - EJA, além de poder pôr em prática parte das teorias por nós
estudadas ao longo do curso, tanto no período de observação, quanto na
construção dos planejamentos e na aula propriamente dita. É lamentável que uma
experiência deste porte seja realizada num espaço de tempo tão curto, limitando
inclusive a ampliação dos nossos conhecimentos.
O estágio foi
desenvolvido na Educação de Jovens e Adultos, (EJA) foi realizado na Escola
Municipal Pequeno Príncipe, situada na Rua da Impressa, 1, Centro, nos dias 15,
16,18 e 19 de setembro e na Escola Municipal Wanda Paim, no dia 17 de setembro,
localizada na Rua Jason Ramos de Oliveira, 265, Ponte Nova. O mesmo é dividido
em Visita a escola, planejamento e regência, com carga horária de 60 horas.
O planejamento da oficina
foi desenvolvido pela acadêmica juntamente com Edilene Soares, Fabiana Miranda,
Juná Guimarães, Letícia Lopes. O desenvolvimento da mesma foi de forma
criteriosa pois não conhecíamos a realidade da turma, onde desenvolveríamos.
Esta teve como tema: “Oficina de Dança na EJA”, teve como objetivos: vivenciar as danças populares com
seus movimentos básicos como forma de reconhecimento da cultura e sua
diversidade de ritmos; conhecer as danças e suas histórias; reconhecer a dança
como meio de expressar as relações sociais e relaxar o corpo tornando os
movimentos mais livres e flexíveis.
A regência deu-se início
na Escola Municipal Pequeno Príncipe com todas as turmas da Educação de Jovens
e Adultos, no turno noturno, compostas por 33 estudantes, sendo 15 frequentes.
As turmas eram mistas em idade, sendo que o educando mais novo tinha 34 anos e
o mais velho 65 anos de idade, onde todos conviviam bem. As acadêmicas
perceberam-se grandes dificuldades principalmente na alfabetização –
letramento, como também na alfabetização matemática. A maior parte dos
estudantes são moradores dos bairros circunvizinhos e tendo estudantes moradores
da zona rural da cidade.
O primeiro dia de
estágio é sempre uma expectativa grande, conhecer a turma, o professor, saber
se será bem recebido e tudo que isso acontece de maneira tranquila e gradativa.
Após ter conversado com o diretor, logo foram apresentadas aos alunos e as
professoras. Em seguida, os alunos foram divididos em 5 equipes, pois na
escolas outras equipes estavam desenvolvendo outras oficinas. Adentraram
a sala de aula, onde apresentaram para os alunos como desenvolveriam
a oficina.
Neste dia compareceu a
sala 03 estudantes, segundo as professoras regentes sobre a frequência dos
mesmos, elas disseram que nunca os 33 educandos ficam juntos, eles se alternam
e que naquele dia tinha sido alta a frequência, pois geralmente são 10 ou 12 que
comparecem para estudar. Em seguida desenvolveram a oficina, onde inicialmente
foi realizada oralmente a apresentação do histórico sucinto de cada dança para
explicar a origem e o significado das mesmas aos alunos e vivenciar a aplicação
dos princípios básicos na construção de desenhos coreográficos.
Posteriormente foram
realizados ao som de uma música relaxante, os alongamentos através de alguns
movimentos que todos reproduziram, para em seguida começar as aulas de danças.
Logo em seguida cada instrutor caracterizado pelos respectivos ritmos: Forró,
Samba e Sertanejo universitário, um de cada vez, ensinarão aos alunos
coreografias e movimentos de acordo os ritmos, formando duplas quando
necessário. Mas nenhum aluno participou da execução, sendo estarem todos
desanimados com o que foram apresentados.
No dia seguinte os
alunos não aceitaram a participar da execução, sendo estarem todos desanimados
com o que foram apresentados.
Daí então, a equipe
elaborou a “Oficina de Letramento Matemático na EJA: BINGO DO
CATAPIMBA”, com os objetivos em: Analisar, interpretar, formular e
resolver situações-problema compreendendo diferentes significados da adição e
da subtração; Desenvolver o raciocínio lógico; Associar o conteúdo com o
cotidiano e Estimular a disputa para mobilizar a sala.
O terceiro dia de
regência foi desenvolvida, na Escola Municipal Wanda Paim, foi muito
participativo, apesar de só terem comparecido 7 dos 19 estudantes da turma,
eles já esperavam ansiosos pela nossa chegada.
Começaram desenvolvendo
a “Oficina de Letramento Matemático na EJA: BINGO DO CATAPIMBA”, onde
que inicialmente explicaram conceitos fundamentais da matemática (adição,
subtração) de uma forma diferente: a partir de textos e práticas cotidianas. Em
seguida foi entregue para cada aluno a cópia do texto “Como se fosse dinheiro”
da autora Ruth Rocha, solicitando a sua leitura. A partir do texto discutiram a
temática abordada no mesmo e propôs aos alunos o Bingo do Catapimba que foi
realizado da seguinte forma: Cada aluno recebeu folhas A4, lápis e cartelas com
números que poderão ser ou não resultados das situações-problema propostas pelo
professor.
Sugeriu-se que as
situações-problema sejam simultaneamente ditadas e simuladas com produtos
encontrados no supermercado local e dinheiro de “brinquedo” do sistema
monetário. No decorrer do bingo o conteúdo ensinado foi sistematizado no quadro
negro. Em todas as situações-problema encenadas foi oferecido um tempo para que
os alunos calculem mentalmente e possa encontrar ou não o resultado em sua
cartela. Os alunos estavam bem atentos à resolução dos problemas, tendo a
oportunidade de fazer cálculos mentais ou registros. Foi o vencedor, o aluno
que conseguir marcar a quina da cartela. As acadêmicas verificou a cartela
atentamente, pois o aluno pode ter cometido erro no cálculo e marcando o número
errado na cartela. E apesar da Oficina de Dança na EJA ter sido recusada pelos
alunos da outra escola decidiu desenvolver também na Escola Wanda Paim. Neste
dia a coparticipação que foi muito proveitosa e prazerosa, pois os estudantes
já adoraram, todos queriam mais.
No quarto dia, voltaram
para a Escola Municipal Pequeno Príncipe, onde que desenvolveram a Oficina de
Letramento Matemático na EJA: Bingo do Catapimba, todos os alunos participaram,
foi notado que a maioria sabia cálculos matemáticos, respondiam de maneira
rápida, enquanto outros tinham dificuldade na aprendizagem.
No quinto e último dia,
desenvolvem a mesma oficina do dia anterior com os alunos que ainda não
participaram da oficina. Foi uma aula bem dinâmica, prazerosa, onde todos
saíram satisfeitos com a oficina. Ao final da aula todos queriam que voltassem
mais vezes na escola.
O estágio aponta com
muita clareza que a experiência docente só acontece quando estamos diante da
turma. É quando os olhos dos alunos estão postos sobre nós que o trabalho se
inicia: é hora de pôr à prova o que acreditamos, é o momento de dar o melhor.
Assim percebe-se que a
troca que aconteceu no momento das intervenções ultrapassaram nossas
expectativas e trouxe o retorno gratificante que nos fez perceber que o
aperfeiçoamento é diário e contínuo. A força motora sempre será o aluno, as
necessidades deles serão a nossa prioridade e seu sucesso será nosso objetivo.
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| Momentos Importantes em nossas Vidas. |
Considerações
Finais
O estágio desenvolvido
possibilitou aos acadêmicos, retomar seu potencial, desenvolver suas
habilidades, confirmar competências adquiridas em seu processo educacional,
além de conferir ao educando uma conscientização, uma socialização, e visão
crítica e socialmente compromissada com seus direitos e deveres, compreendemos
e compartilhamos o quanto é necessário pesquisar e analisar este tema e suas
implicações na sociedade.
Durante a prática de
estágio, foi fundamental para nossa prática, os momentos de discussões que
envolviam o ensino em EJA através dos conteúdos apresentados. Isso nos
proporcionou uma ampliação de conhecimento sobre o assunto, o que nos deu base
para a construção dos planos e das práticas durante a regência. Nossa percepção
foi que os nossos educandos tinham inúmeras dúvidas, mais, sempre estavam
querendo aprender o conteúdo repassado, como algo prazeroso. A escola nos
acolheu muito bem. Todo corpo docente e a gestão nos receberam com cordialidade
e foram atenciosos e prestativos para conosco.
O ambiente em sala de
aula era o mais agradável possível, havia uma integração entre nós e as
professoras, assim como os educandos. Por isso, acreditamos que a disciplina de
Estágio Supervisionado é muito importante para nossa compreensão como discentes
e futuros docentes. Sabemos que é difícil a realização desta prática, que os
problemas são inúmeros, mas, é lutando por uma educação melhor que acreditamos
em outra perspectiva educativa. Assim avalio meu estágio com nota 10 (dez) pelo
desempenho, para que os objetivos fossem alcançados e a concretização deste
estágio.




















